A "dançarina de encantos delirantes" ganha notoriedade na estética de um século que se dedicara insistentemente a representar a agonia humana, para aventurar-se numa arriscada familiaridade com a morte. Salomé foi "a fêmea fálica preferida do fin-de-siècle" e a execução capital de João Batista revelaria que, daí em diante, não seria mais possível ao homem esconder de si mesmo a evidência de sua finitude, a transbordar na superfície plana de um prato.
eliane robert moraes, "o corpo impossível"
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